Prótese capaz de sentir o toque como uma mão humana mais perto da realidade
Um estudo publicado na revista Science pode abrir caminho para uma mão protética capaz de sentir o toque como uma mão humana.
Por Meu Quadradinho em 16/05/2024 às 16:50:20
Um estudo publicado na revista Science pode abrir caminho para uma mão protética capaz de sentir o toque como uma mão humana. A tecnologia partiu de pesquisadores da Universidade de Uppsala e do Karolinska Institutet e também poderia ser usada para restaurar o tato perdido em pacientes após um acidente vascular cerebral.
Inspirando-se na neurociência, eles desenvolveram um sistema tátil artificial que imita como o sistema nervoso humano reage ao toque.
O sistema usa pulsos elétricos que processam informações táteis dinâmicas da mesma forma que o sistema nervoso humano.
"Nosso sistema pode determinar que tipo de objeto é apenas o sentindo e decidindo se é uma bola de tênis ou uma maçã, por exemplo", explicou Zhibin Zhang, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Uppsala, na Suécia.
"Com esta tecnologia, uma mão protética pareceria parte do corpo do usuário", acrescentou o especialista.
O sistema artificial possui três componentes principais: uma pele eletrônica (e-skin) com sensores que podem detectar pressão pelo toque; um conjunto de neurônios artificiais que convertem sinais analógicos de toque em pulsos elétricos; e um processador que processa os sinais e identifica o objeto.
Em princípio, o sistema pode aprender a identificar um número ilimitado de objetos, mas nos testes, os investigadores usaram 22 objetos diferentes para agarrar e 16 superfícies diferentes para tocar. Segundo os pesquisadores, as novas próteses também vão conseguir manusear objetos com a mesma destreza de uma mão humana.
Próximo passo é adicionar sensibilidade a dor e calor
"Também estamos pensando em desenvolver o sistema para que ele possa sentir dor e calor. Ele também deve conseguir sentir o material que a mão está tocando, por exemplo, se é madeira ou metal", explicou o professor assistente Libo Chen. , que liderou o estudo.
O estudo foi realizado em cooperação com pesquisadores da Divisão de Sinais e Sistemas da Universidade de Uppsala e um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade, Divisão de Neurogeriatria do Karolinska Institutet. Com informações do TechXplore.