Novos tratamentos aumentam sobrevida de pacientes com câncer
Milhares de médicos se reuniram na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, para a Conferência Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2024, considerado o principal congresso científico sobre câncer do mundo.
Por Meu Quadradinho em 11/07/2024 às 10:46:35
Milhares de médicos se reuniram na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, para a Conferência Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de 2024, considerado o principal congresso científico sobre câncer do mundo. Durante o evento foram apresentadas diversas novidades e tratamentos que aumentam sobrevida dos pacientes.
Medicamento pode reduzir progressão do câncer de pulmão
Uma das novidades diz respeito aos diagnósticos do tipo mais comum de câncer de pulmão. Pesquisadores avaliaram se o remédio osimertinibe, da farmacêutica AstraZeneca, poderia ampliar o tempo de vida dos pacientes.
Os resultados foram considerados positivos: no grupo que recebeu a medicação, o tempo de sobrevida livre de progressão da doença foi de 39,1 meses, mais de três anos. Para aqueles que tomaram placebo, essa taxa ficou em 5,6 meses.
Algumas dúvidas ainda precisam ser sanadas. Por exemplo, os médicos ainda não sabem se é melhor usar essa medicação imediatamente após o tratamento inicial com químio e radioterapia ou quando a doença progredir.
O câncer de pulmão também foi analisado por um outro grupo de especialistas norte-americanos. A ideia deles era avaliar se teleconsultas de cuidados paliativos para pacientes com esse tumor em estágio avançado poderiam funcionar tão bem quanto os encontros presenciais com os profissionais da saúde.
Os resultados mostraram que as teleconsultas não são piores que as avaliações presenciais e, em alguns aspectos, são até superiores. Eles concluíram que ter esse programa remoto de cuidados pode ser particularmente bem-vindo para quem tem dificuldade de ir até uma clínica ou hospital.
Nova combinação terapêutica para combater tumores no pênis
Os médicos reunidos no congresso científico também discutiram sobre o câncer de pênis.
A doença normalmente é diagnosticada muito tarde e a falta de higiene é uma das principais causas.
Em diversos casos, o tratamento envolve cirurgias mutilantes e sessões de quimioterapia, que não ampliam significativamente o tempo de vida do indivíduo.
Além disso, a doença costuma voltar depois de algum tempo.
Mas um estudo liderado por um oncologista brasileiro testou com sucesso uma nova combinação terapêutica, que consistia em aplicações de quimioterapia e imunoterapia.
Os pesquisadores recrutaram 33 homens com o tumor, que foram acompanhados por meio de exames de imagens a cada um mês e meio.
Os dados apresentados na Asco 2024 revelam que 75% dos pacientes tiveram algum grau de redução do tumor.
Já 39,4% deles apresentaram uma diminuição considerada significativa.
Segundo os especialistas, a descoberta abre novas perspectivas e permite mudar a prática médica para os casos de câncer de pênis.
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