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Novo grupo terapêutico com argila emociona pacientes da psiquiatria no Hospital de Base

Na última quinta-feira (17), um novo grupo terapêutico foi iniciado na ala de psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), envolvendo pacientes em internação.

Por Redação em 21/10/2024 às 17:46:08

Na última quinta-feira (17), um novo grupo terapêutico foi iniciado na ala de psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), envolvendo pacientes em internação. A iniciativa, promovida por profissionais da psiquiatria do IgesDF em parceria com voluntários do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), utiliza a arteterapia com argila como ferramenta para estimular a comunicação e a expressão emocional. O objetivo é criar um espaço acolhedor, onde os pacientes possam canalizar suas angústias e aflições de maneira criativa.

As sessões, que ocorrem semanalmente, já surpreenderam a equipe. A enfermeira da psiquiatria Rafaela Barreiros confessou a expectativa inicial: “Estávamos apreensivos com a adesão ao grupo, tendo em vista o perfil clínico dos pacientes. Porém, nos surpreendemos e tudo fluiu muito bem, superando nossas expectativas."

A iniciativa utiliza a arteterapia com argila como ferramenta para estimular a comunicação e a expressão emocional | Foto: Divulgação/IgesDF

Rafaela lembra de Marcos, um paciente idoso com alto grau de comprometimento psíquico, que aderiu ao grupo e conseguiu se concentrar profundamente na atividade. “Quando ele conseguiu terminar a xícara, ficou nítida a satisfação no rosto dele! Foi muito gratificante para equipe ver o resultado do trabalho!”

A iniciativa também contou com o apoio de voluntários do SAV, como a Vanderlícia Rodrigues, que ressaltou a importância de resgatar lembranças afetivas por meio da atividade: “Os pacientes, especialmente os mais velhos, se conectam com lembranças da infância. Fazer massinha de argila remete a momentos bons, como amassar pão ou biscoito. E o que eles mais precisam é resgatar essas memórias, trazer à tona o que têm de melhor.”

Outra voluntária, Gil Alves, destacou a função terapêutica desse tipo de atividade. “Enquanto moldavam a argila, os pacientes começaram a lembrar de coisas, a compartilhar memórias, o que trouxe momentos de lucidez e conforto. Isso é muito importante, pois essas pequenas atividades manuais ajudam a reconectar com quem são e com o que viveram de bom.”

Esse grupo terapêutico é uma aposta na transformação pela arte e no fortalecimento dos vínculos entre profissionais e pacientes. A cada semana, a argila não só molda objetos, mas também faz laços, trazendo à tona histórias e sentimentos que ajudam os pacientes a atravessar suas jornadas de recuperação.

*Com informações do IgesDF

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