Muito além de uma questão estética, a cor de um carro pode impactar diretamente o funcionamento do ar-condicionado e, consequentemente, o consumo de combustível. É o que diz um estudo do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, ligado ao Departamento de Energia dos EUA.
A escolha entre tons claros e escuros envolve mais do que apenas a aparência, pois influencia a temperatura interna do veículo, o que interfere no uso do ar-condicionado e, em decorrência, nas emissões de poluentes.
De acordo com a pesquisa, cores claras refletem a luz solar com mais eficiência, reduzindo o calor dentro da cabine e diminuindo a necessidade de ar-condicionado em dias quentes. No experimento, dois Honda Civic idênticos – um preto e um prata – foram deixados estacionados sob o Sol por uma hora.
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Ao final, a diferença de temperatura interna foi expressiva: o carro preto ficou entre 5°C e 6°C mais quente por dentro que o modelo prata.
Dessa forma, veículos de cores claras permitem uma redução de até 13% no uso do ar-condicionado para manter a cabine a 25°C, o que representa uma economia de combustível de aproximadamente 1% a 2% em relação aos escuros.
Embora esses valores pareçam baixos, eles se acumulam ao longo dos anos, resultando em uma economia considerável no consumo e uma diminuição significativa das emissões de dióxido de carbono e outros poluentes.
O estudo revelou que as cores escuras refletem cerca de 35% da luz solar, enquanto tons como branco ou prata refletem até 60%. Isso significa que carros de cores claras demandam menos energia do motor para resfriar o interior, melhorando a eficiência energética. “Pinturas mais refletivas podem reduzir a temperatura de um carro estacionado ao sol, permitindo o uso de ar-condicionado menor e mais econômico”, explicou Ronnen Levinson, autor do estudo, em um comunicado.