Uma petição online busca apoio para a criação do Memorial Astronômico de Alcântara, no Maranhão, com foco na valorização do conhecimento astronômico dos povos indígenas e quilombolas da região.
De acordo com o documento, a escolha de Alcântara é estratégica, já que o local abriga o Centro Espacial de Alcântara, essencial para o Programa Espacial Brasileiro. Isso reforça a importância de unir tradição e ciência moderna.
Além disso, a iniciativa visa fomentar o astroturismo, um segmento em expansão que pode trazer desenvolvimento econômico sustentável para a região, promovendo a popularização da astronomia e a preservação do céu noturno.
Organizações como a Sociedade de Astronomia do Maranhão e o Clube de Astronomia de Brasília (CAsB) pedem apoio de autoridades, instituições educacionais e da comunidade científica para viabilizar o projeto. Segundo os idealizadores, o Memorial fortalecerá a identidade cultural local e contribuirá para uma sociedade mais inclusiva, na qual o conhecimento tradicional é reconhecido e valorizado.
Para falar sobre esse projeto, mas especialmente sobre a cultura astronômica dos povos ancestrais daquela região, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (29) recebe o professor Rodrigo Araújo Magalhães.
Formado pela Universidade de Brasília e professor do ensino médio, ele é membro do CAsB e da Associação dos Astrônomos Amadores da Bahia (AAAB). No último Encontro Nacional de Astronomia (ENAST), participou da mesa sobre Astronomia Cultural.
Magalhães é um dos autores da petição pública para a construção do Memorial Astronômico de Alcântara e autor do livro Ybaka - O Céu Tupinambá, uma obra que mostra como na virada do século XVI para o XVII a astronomia tupi chama a atenção dos viajantes europeus por sua sofisticação e complexidade.
Leia mais:
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia - APA; membro da SAB - Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros - BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.