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Haddad desmente imposto sobre pets e Pix após vídeo falso feito com IA

AGU pediu remoção do vídeo ao Facebook em até 24 horas

Por Meu Quadradinho em 10/01/2025 às 04:03:07

Foto: Agência Brasil - EBC

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desmentiu informações falsas sobre a taxação de animais de estimação e a criação de um imposto sobre o Pix. Em vĂ­deo postado nas redes sociais na noite de quinta-feira (9), o ministro rebateu mentiras que tĂȘm circulado na internet nos Ășltimos dias sobre a criação ou o aumento de tributos.

"Imposto sobre Pix, mentira. Imposto sobre quem compra dólar, mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação, mentira. Pessoal, vamos prestar atenção, estĂĄ circulando uma fake news. Prejudica o debate pĂșblico, prejudica a polĂ­tica, prejudica a democracia", disse o ministro no vĂ­deo, de 1min5s.

A publicação do vĂ­deo de Haddad ocorreu horas depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) ter enviado uma notificação extrajudicial ao Facebook para remover, em atĂ© 24 horas, um vĂ­deo deepfake (vĂ­deo artificial com a cara e a voz de terceiros) com uma declaração criada por inteligĂȘncia artificial (IA) em que o ministro se dizia favorĂĄvel à criação do "imposto do cachorrinho de estimação".

"A postagem, manipulada por meio de inteligĂȘncia artificial, contĂ©m informações fraudulentas e atribui ao ministro declarações inexistentes sobre a criação de um imposto incidente sobre animais de estimação e prĂ©-natal", ressaltou a notificação da AGU.

"A anĂĄlise do material evidencia a falsidade das informações por meio de cortes bruscos, alterações perceptĂ­veis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, tĂ­picas de conteĂșdos forjados com o uso de inteligĂȘncia artificial generativa", acrescentou o documento.

Se o Facebook não retirar o vĂ­deo, a AGU pediu que o conteĂșdo receba uma tarja com a informação de que se trata de uma criação com inteligĂȘncia artificial. O vĂ­deo tambĂ©m circulou na rede X (antigo Twitter). Nesta semana, a Meta, empresa dona do Instagram e do Facebook, anunciou que eliminarĂĄ o programa de checagem de fatos de suas plataformas.

"Essas coisas são mentirosas e às vezes elas misturam com uma coisa que Ă© verdadeira para confundir opinião pĂșblica", criticou Haddad no vĂ­deo.

A Ășnica notĂ­cia verdadeira que circulou nas redes nos Ășltimos dias, ressaltou o ministro, foi a tributação das bets, casas virtuais de apostas esportivas, e dos cassinos eletrônicos, que entrou em vigor em janeiro com a regulamentação das apostas on-line. "São casas de apostas que lucram uma montanha de dinheiro. Essas casas de apostas vão ter que pagar impostos devidos como qualquer outra empresa instalada no Brasil. Fora isso, Ă© tudo falso", afirmou.

Imposto sobre Pix

Haddad tambĂ©m comentou a mentira sobre a criação de um imposto sobre o Pix. O vĂ­deo exibiu mensagens relativas ao tema nas redes sociais com o carimbo de "falso" e matĂ©rias jornalĂ­sticas com o desmentido da Receita Federal com o carimbo de "fato".

Em 1Âș de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferĂȘncias financeiras. A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferĂȘncias Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mĂȘs para pessoas fĂ­sicas e R$ 15 mil para pessoas jurĂ­dicas.

No entanto, uma onda de notĂ­cias falsas nas redes sociais provocou desinformação, ao indicar que o reforço na fiscalização, que jĂĄ Ă© feita sobre os bancos comerciais e cooperativas de crĂ©dito, significaria a taxação do Pix. A Receita, na verdade, estendeu o monitoramento de transferĂȘncias Pix a fintechs (bancos digitais) e instituições de pagamento (que fornecem carteiras virtuais) e atualizou o sistema de fiscalização sobre as transações com cartão de crĂ©dito.

O Fisco esclareceu que a nova norma não significa aumento de tributação e pretende apenas melhorar o gerenciamento de riscos para a administração tributĂĄria.

"Fake news prejudica a democracia e traz uma sĂ©rie de inseguranças para as pessoas. Então fica ligado, deixe a mentira de lado", concluiu o ministro no vĂ­deo.

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