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Distrito Federal alcança menor taxa de homicídio dos últimos 48 anos

Reduções históricas nos índices criminais consolidam o DF como uma das regiões mais seguras do Brasil

Por Redação Meu Quadradinho em 10/01/2025 às 10:13:33

A redução na taxa de homicídios e a queda expressiva nos crimes violentos letais intencionais refletem o trabalho integrado das forças de segurança e a eficácia do programa Segurança Integral | Fotos: Divulgação/SSP-DF

O sucesso do programa Segurança Integral, da Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (SSP-DF), implementado em 2023, e o trabalho integrado das forças de segurança pĂșblica fizeram com que o Distrito Federal superasse, mais uma vez, o recorde histórico na taxa de homicĂ­dios por 100 mil habitantes.

Balanço da pasta aponta que, em 2024, foram registrados 6,8 homicĂ­dios por grupo de 100 mil habitantes, Ă­ndice mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil, portanto a menor taxa desse tipo de crime, em 48 anos. Essa metodologia, reconhecida internacionalmente, correlaciona o nĂșmero de vĂ­timas à população, oferecendo uma avaliação mais precisa e regionalizada dos nĂ­veis de violĂȘncia.

Ao analisar os dados por nĂșmero absoluto de vĂ­timas de homicĂ­dio, verifica-se que o Distrito Federal atingiu o menor patamar dos Ășltimos 40 anos, registrando 203 vĂ­timas. O Ășltimo nĂșmero mais baixo da sĂ©rie histórica tinha ocorrido em 1984, quando houve 182 mortes decorrentes desse tipo de violĂȘncia. Em toda a sĂ©rie histórica, desde 1977, a marca de maior incidĂȘncia ocorreu em 2012, com 820 vĂ­timas. Ou seja, uma queda de 75,24% em relação ao pico desse tipo criminal na sĂ©rie histórica.

No comparativo de 2024 com 2023, a redução no nĂșmero absoluto de vĂ­timas de homicĂ­dio do DF ficou em 13,2%, jĂĄ que foram 203 vĂ­timas de 2024, contra 234 de 2023. Ano passado, sete regiões do DF encerraram sem vĂ­timas de homicĂ­dio: Arniqueira, Candangolândia, Cruzeiro, Jardim Botânico, Octogonal/Sudoeste, Riacho Fundo e Varjão.

Crimes violentos letais intencionais (CVLI)

O balanço criminal da pasta revelou, tambĂ©m, uma queda de 13,7% no nĂșmero de vĂ­timas de crimes violentos letais intencionais (CVLI), que incluem homicĂ­dios, feminicĂ­dios, latrocĂ­nios e lesões corporais seguidas de morte, no comparativo entre 2024 e 2023. Em 2024, o Distrito Federal encerrou com 245 vĂ­timas dessas naturezas, contra 284 de 2023, alcançando o menor patamar em 25 anos, ocorrido no ano 2000, quando o DF registrava 665 vĂ­timas desses tipos criminais.

O ponto mais elevado para esse grupo de crimes foi registrado em 2012, com 870 vĂ­timas, uma queda de 71,83%, desde quando começaram a ser observadas sucessivas quedas no nĂșmero de vĂ­timas de CVLI.

O balanço criminal da pasta revelou, tambĂ©m, uma queda de 13,7% no nĂșmero de vĂ­timas de crimes violentos letais intencionais (CVLI).
"Os resultados alcançados estabeleceram um novo marco histórico para a segurança pĂșblica do Distrito Federal. A redução na taxa de homicĂ­dios para 6,8 por 100 mil habitantes, a menor em 48 anos, e a queda expressiva nos Crimes Violentos Letais Intencionais são reflexos do trabalho integrado das forças de segurança e da eficĂĄcia do programa Segurança Integral. Esses nĂșmeros não são apenas estatĂ­sticas: representam vidas preservadas e o avanço do DF como um lugar mais seguro para todos", afirmou o secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do Distrito Federal, Sandro Avelar.

FeminicĂ­dios

Os feminicĂ­dios tiveram redução de 25,8% no ano passado, em relação ao ano anterior, quando foram registradas 23 mortes pelo crime de gĂȘnero. Em 2023 houve 31 vĂ­timas. Essa redução Ă© resultado das ações do eixo Mulher Mais Segura, do programa Segurança Integral, que concentra medidas preventivas e tecnologias voltadas para a proteção e o enfrentamento da violĂȘncia contra a mulher, especialmente no âmbito domĂ©stico e familiar. Uma das iniciativas do eixo Ă© incentivar a denĂșncia como meio de interromper o ciclo de violĂȘncia, permitindo que a rede de apoio possa agir de maneira mais eficiente. Isso ajuda a aumentar a notificação de casos, e a reduzir a subnotificação.

Ano passado, os programas Viva Flor e o Dispositivo de Proteção à Pessoa (DPP), da Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (SSP-DF), foram destaque na quarta edição do PrĂȘmio JuĂ­za Viviane Vieira do Amaral, após ficarem em primeiro lugar em uma das categorias do concurso promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O prĂȘmio tem por finalidade contemplar experiĂȘncia, atividade, ação, projeto, programa, produção cientĂ­fica ou trabalho acadĂȘmico que contribua para a prevenção e o enfrentamento da violĂȘncia domĂ©stica e familiar contra a mulher.

Mortalidade violenta do paĂ­s

O Distrito Federal tem recebido destaque por importantes publicações nacionais em razão do trabalho na redução dos Ă­ndices de criminalidade, tais como o Atlas da violĂȘncia, o AnuĂĄrio brasileiro de segurança pĂșblica (produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança PĂșblica) e o Mapa da segurança pĂșblica, produzido pelo MinistĂ©rio da Justiça e Segurança PĂșblica (MJSP).

Segundo o Atlas da ViolĂȘncia dos MunicĂ­pios 2024, BrasĂ­lia passou a ocupar a posição de segunda capital mais segura do Brasil.
 

De acordo com o Atlas da violĂȘncia 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança PĂșblica (FBSP), Ășltima publicação sobre o assunto do referido instituto, que analisou as taxas de homicĂ­dios por unidade federativa, entre 2012 e 2022, o Distrito Federal figurou em primeiro lugar com o maior Ă­ndice de redução da mortalidade violenta com -67,4%, seguido por São Paulo (-55,3%) e GoiĂĄs (-47,7%). O DF tambĂ©m foi o ente da federação que obteve a maior redução da taxa de homicĂ­dios registrados de jovens (15 a 29 anos) por 100 mil habitantes do PaĂ­s, entre 2012 e 2022 (-72,1%).

Segundo o Atlas da ViolĂȘncia dos MunicĂ­pios 2024, BrasĂ­lia passou a ocupar a posição de segunda capital mais segura do Brasil, atrĂĄs somente de Florianópolis (SC). Para tanto, a publicação considerou a taxa de homicĂ­dios estimada por 100 mil habitantes (2022), incluindo dados de óbitos classificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade do MinistĂ©rio da SaĂșde (SIM/MS) como Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCIs).

"A redução dos crimes violentos letais, como homicĂ­dios, latrocĂ­nios e feminicĂ­dios no Distrito Federal, reflete o trabalho consistente que tem sido realizado. Investimos na aplicação eficiente de recursos humanos e tecnológicos para potencializar o planejamento operacional. O trabalho regionalizado feito por meio das Áreas Integradas de Segurança PĂșblica tem sido essencial para direcionar o policiamento a regiões estratĂ©gicas, com base em anĂĄlises de manchas criminais e ferramentas de gestão inteligente. Isso nos permite agir de forma rĂĄpida e eficiente, trazendo impactos significativos para a população", explicou o secretĂĄrio Sandro Avelar. "Com a integração das forças de segurança pĂșblica, o trabalho conjunto com outros órgãos de governo e os resultados sólidos que estamos alcançando, estou certo de que BrasĂ­lia se tornarĂĄ a capital mais segura do paĂ­s", conclui.

"Os crimes violentos letais intencionais (CVLI) continuam em queda, mas essa redução nem sempre se traduz em um aumento da sensação de segurança da população. Isso ocorre porque, estatisticamente, homicĂ­dios estão frequentemente relacionados a pessoas jĂĄ envolvidas com a criminalidade, e não à população em geral, que Ă© mais impactada por crimes contra o patrimônio. Aqui na capital federal, os crimes patrimoniais tambĂ©m tĂȘm apresentado redução, permitindo que as pessoas se sintam mais seguras ao transitar pelas ruas. Para preservar e aprimorar essa qualidade de vida que temos, a participação social Ă© fundamental", destacou o secretĂĄrio Sandro Avelar. Segundo o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024, BrasĂ­lia segue como a capital brasileira com maior qualidade de vida para sua população.

Crimes Contra o Patrimônio (CCP)

Os Crimes Contra o Patrimônio (CCP) no Distrito Federal seguem em trajetória de queda. No comparativo entre os 12 meses de 2024 e 2023, houve uma redução de 14,9% nos crimes patrimoniais monitorados prioritariamente pela Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (SSP-DF), que englobam os roubos a transeunte (-16,6%, de 12.781 registros para 10.659), em residĂȘncia (-28,8%, de 219 para 156), de veĂ­culo (-21,1%, de 1.291 para 1.018), em transporte coletivo (-49,3%, de 452 para 229), em comĂ©rcio (-28%, de 525 para 378) e o furto em veĂ­culo (-7,3%, de 7.231 para 6.706), o que demonstra a efetividade dos programas implementados. No total, isso representa 3.353 crimes evitados.

Entre as medidas do programa Segurança Integral, da Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal, estĂĄ o Programa de Videomonitoramento Urbano (PVU), que faz parte do eixo Cidade Mais segura, que realiza o monitoramento integrado entre as forças de segurança e outros 31 órgãos, bem como instituições e agĂȘncias do governo local e federal, atendendo a 32 das 35 Regiões Administrativas do Distrito Federal, com 1.300 câmeras instaladas, incluindo a região da Asa Norte. Em 2024, as novas regiões contempladas foram Vicente Pires e Arniqueira. Neste ano, o PVU alcançou a região do Sol Nascente/Pôr do Sol. Ao total, jĂĄ foram investidos R$ 70 milhões no programa.

Participação social

O secretĂĄrio Sandro Avelar destacou a importância de se manter um diĂĄlogo permanente com a comunidade para instituir ações regionalizadas, o que tem ocorrido por meio do eixo Cidadão Mais Seguro do programa Segurança Integral da pasta. Por meio desse eixo são realizadas reuniões com a população a partir dos Conselhos ComunitĂĄrios de Segurança (Consegs-DF) e iniciativas inovadoras, como a primeira ConferĂȘncia Distrital de Segurança PĂșblica (Confedisp), realizada no final do ano passado.

"A integração entre as forças de segurança pĂșblica e a sociedade tem sido essencial para o avanço de polĂ­ticas pĂșblicas direcionadas às necessidades regionais. No caso dos crimes contra o patrimônio no Distrito Federal, destacamos a expressiva redução nos roubos em transportes coletivos, que caĂ­ram pela metade. Esse resultado Ă© fruto do trabalho coordenado entre os órgãos envolvidos e do engajamento da população", afirmou o secretĂĄrio Sandro Avelar.

*Com informações da Secretaria de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (SSP-DF)

Fonte: AgĂȘncia BrasĂ­lia

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