A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) voltou aos trabalhos nesta terça-feira, 4, em grande estilo. Celina Leão (PP), vice-governadora, assumiu os holofotes como a principal estrela da sessão de abertura, acompanhada de perto pelo chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. E se a política é feita de gestos e discursos, o começo do ano legislativo deu uma boa mostra de como o tabuleiro vai se movimentar daqui em diante.
A arte de saber dialogar
No jogo político, as palavras nunca são apenas palavras. Celina Leão fez um discurso sóbrio e estratégico, direcionado a todas as correntes presentes. Sem perder a firmeza, mostrou que sabe dialogar com diferentes lados, sinalizando que o caminho do sucesso é trilhado em grupo. Ela foi clara em sua mensagem: "ninguém chega a lugar nenhum sozinho".
Já o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), demonstrou seu talento como anfitrião, destacando a importância de uma boa articulação entre os poderes. O chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, foi elogiado por sua postura discreta e por sua habilidade em manter uma interlocução eficiente com o meio político.
A política, como bem sabem os veteranos da CLDF, é uma dança delicada entre discurso e ação. E o que se viu na abertura dos trabalhos foi um equilíbrio entre pacificação e articulação, um movimento essencial para quem quer liderar sem criar rupturas.
Celina Leão: uma política em três frentes
Quem acompanha a trajetória de Celina Leão sabe que ela tem três grandes desafios pela frente: o meio político, os bastidores e o povão. É a chamada tríade de quem busca consolidar poder. "Manter os bastidores bem alinhados é tão importante quanto ser bem vista pelo povo", dizem os estrategistas de plantão.
A aceitação de Celina no meio político está em alta. Sua habilidade de dialogar com todas as correntes é vista como um trunfo, mas os bastidores - ah, os bastidores - são onde as verdadeiras disputas se desenrolam. Quem não mantém essa retaguarda forte, acaba vítima do próprio sucesso.
Janela sucessória: os primeiros movimentos
A abertura da sessão legislativa deixou claro que a janela sucessória para 2026 está aberta. Discurso apaziguador, maturidade política e articulação são os primeiros movimentos de um longo jogo. O discurso de hoje é o "trailer" dos episódios que estão por vir.
A política, afinal, é uma construção de etapas. Um começo sólido pode garantir que o roteiro tenha menos reviravoltas inesperadas. Celina Leão parece compreender isso. Agora, resta a ela consolidar sua posição e manter a estabilidade entre as três frentes que moldam a política no Distrito Federal.
Moral da História: cada palavra tem sentido
A sessão de abertura da CLDF foi um retrato da política em seu estado mais refinado: um espetáculo público equilibrado por negociações invisíveis nos bastidores. Celina Leão sinalizou maturidade política, enquanto Wellington Luiz reconheceu o valor da postura articulada de Gustavo Rocha, que tem preferido os bastidores, mas mantém a ponte firme com as lideranças políticas.
As peças já começaram a se mover, mas o jogo está longe do fim. Que comecem os próximos capítulos.