Dívida pública pode alcançar até R$ 8,5 trilhões em 2025

Depois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

Foto de Meu Quadradinho Por Meu Quadradinho
04/02/2025 às 18:12:38 - Atualizado há

Depois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. Os números foram divulgados nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2025.

O plano apresenta metas para a dívida pública para este ano. Assim como no ano passado, governo criou um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e aumentar a participação dos papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Isso ajudaria a atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que estão no nível mais alto em quase dois anos.

Segundo o documento, a parcela da DPF vinculada à Selic deverá encerrar o ano numa faixa entre 48% e 52%, contra intervalo de 43% e 47%. Atualmente, está em 46,29%. A fatia dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 22% e 26%, praticamente estável em relação aos 21,99% registrados atualmente.

A proporção da dívida pública corrigida por índices de preços deverá ficar entre 25% e 29%. Hoje está em 26,96%. Já a participação da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. O percentual atual está em 4,76%. Os números não levam em conta as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem no resultado.

No ano passado, segundo a versão revisada em setembro, o PAF previa que a Dívida Pública Federal poderia encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

Composição

Em 2024, a DPF teve grande aumento de títulos corrigidos pela Selic, que subiram de 39,66% em dezembro de 2023 para 46,29% no mês retrasado, dentro da banda revisada de 43% a 47% em vigor para o último ano. Segundo o Tesouro, isso se deveu à alta da taxa Selic (juros básicos da economia), que atraiu de volta os investidores desses papéis.

A participação de papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão) caiu de 26,53% em 2023 para 21,99% em 2024. O percentual ficou próximo do limite máximo estabelecido pelo PAF de 2024, que estimava que a participação encerraria o ano entre 22% e 26%. Com o aumento da Selic, os investidores fugiram dos títulos prefixados, mais sujeito às oscilações de mercado e que pode trazer prejuízo se resgatado antes do prazo.

A fatia de títulos corrigidos pela inflação caiu de 29,76% para 26,96%, dentro do intervalo estabelecido entre 25% e 29%. A dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, fechou 2021 em 4,76%, também dentro da margem de 3% a 7% estimada no PAF.

Os títulos corrigidos por taxas flutuantes aumentam o risco da dívida pública, porque a Selic pressiona mais o endividamento do governo quando os juros básicos da economia sobem. Quando o Banco Central reajusta os juros básicos, a parte da dívida interna corrigida pela Selic aumenta imediatamente.

Em tese, os papéis prefixados trazem mais previsibilidade. Isso porque os juros desses títulos são definidos no momento da emissão e não varia ao longo do tempo. Dessa forma, o Tesouro sabe exatamente quanto pagará de juros daqui a vários anos, quando os papéis vencerem e os investidores tiverem de ser reembolsados. No entanto, os títulos prefixados têm taxas mais altas que a da Selic e aumentam o custo da dívida pública em momentos de instabilidade econômica.

Prazo

O Plano Anual de Financiamento também abriu uma margem para aumentar o prazo da DPF. No fim de 2024, o prazo médio ficou em 4,05 anos. O PAF estipulou que ficará entre 3,8 e 4,2 anos no fim de dezembro. O Tesouro divulga as estimativas em anos, não em meses. Já a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses encerrará 2025 entre 17% e 21%. Atualmente, está em 17,9%.

Segundo o Tesouro, o governo tem dois mecanismos de segurança para garantir a capacidade de financiamento em caso de crise econômica que não permita ao Tesouro lançar títulos no mercado. Em primeiro lugar, o governo tem reservas internacionais suficientes para pagar os vencimentos da dívida pública externa em 2025, que totalizam R$ 61,22 bilhões. Além disso, o governo tem um colchão de R$ 860,15 bilhões para cobrir 6,24 meses dos vencimentos da dívida pública interna.

Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada, definida com antecedência.

Comentários

Notícias sobre Economia

Economia do país cresce 3,5% em 2024, diz FGV

economia

Economia do país cresce 3,5% em 2024, diz FGV

A economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, de acordo com estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV).

banco central

IBC-Br recua 0,7%, mas fecha 2024 com alta de 3,8%

A atividade da economia brasileira em dezembro de 2024 apresentou recuo de 0,7% na comparação com novembro, segundo o Índice de Atividade...

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em janeiro

abono salarial

Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em janeiro

Cerca de 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada nascidos em janeiro podem sacar, a partir desta segunda-feira (17), o valor do abono salarial do...

Caixa começa a pagar Bolsa Família de fevereiro

Bolsa Família

Caixa começa a pagar Bolsa Família de fevereiro

A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de fevereiro do Bolsa Família.

Maior plataforma de petróleo do Brasil inicia operação no pré-sal

pré-sal

Maior plataforma de petróleo do Brasil inicia operação no pré-sal

A maior unidade produtiva de petróleo em alto-mar (offshore) instalada no país até o momento, a Almirante Tamandaré (Búzios 7)...

pré-sal

Maior plataforma de petróleo do Brasil inicia operação no pré-sal

A maior unidade produtiva de petróleo em alto-mar (offshore) instalada no país até o momento, a Almirante Tamandaré (Búzios 7)...

Leia estas Notícias

Descubra o novo visual de Virginia Fonseca!

Andressa Suita

Descubra o novo visual de Virginia Fonseca!

Influenciadora digital muda o visual e inspira outras celebridades.

Cúpula de chefes de Estado do Brics será em julho no Rio de Janeiro

Brics

Cúpula de chefes de Estado do Brics será em julho no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro foi oficialmente confirmado como sede da Cúpula dos Líderes do Brics em 2025.

R$4 Bilhões em Bitcoins Perdidos! Britânico Quer Comprar Lixão

Curiosamente

R$4 Bilhões em Bitcoins Perdidos! Britânico Quer Comprar Lixão

Uma saga de uma década e uma fortuna em jogo.

Grok 3: IA de Musk será a 'mais inteligente do mundo'

Elon Musk

Grok 3: IA de Musk será a 'mais inteligente do mundo'

Nova versão do chatbot da xAI chega segunda-feira

Descubra: 3 filmes que dominam o streaming!

filmes

Descubra: 3 filmes que dominam o streaming!

De thrillers eletrizantes a clássicos atemporais, confira sucessos no Prime Video e Netflix!

Trump impõe tarifas: México e Brasil na mira

carro

Trump impõe tarifas: México e Brasil na mira

Novas taxas americanas geram impacto global no setor automotivo

Blogs & Colunas
Horóscopo
Camarão entre os mais saborosos do mundo tem mais de 30 cm e custa R$ 400 por quilo: 'Raridade'

Camarão entre os mais saborosos do mundo tem mais de 30 cm e custa R$ 400 por quilo: 'Raridade'

Sugerida para você

Camarão entre os mais saborosos do mundo tem mais de 30 cm e custa R$ 400 por quilo: 'Raridade'